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Seguro-desemprego: governo avalia mudanças para controlar gastos públicos

Seguro-desemprego: governo avalia mudanças para controlar gastos públicos

27 de novembro de 2024

Governo estuda apertar mais as regras de quem tem acesso ao benefício.

Está em discussão no governo possíveis mudanças no seguro-desemprego na tentativa de controlar os gastos públicos.

Uma das ideias em discussão é apertar mais as regras de quem tem acesso ao benefício, além de limitar o número de parcelas, que variam entre três e cinco pagamentos, de acordo com o tempo de serviço.

Outro plano do governo é que apenas pessoas que recebam até dois salários mínimos tenham direito ao seguro-desemprego.

Vale lembrar que o pagamento do benefício é um dos maiores gastos no Orçamento, atrás da Previdência Social e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Dados do Ministério da Economia mostram que cerca de 6,7 milhões de brasileiros receberam o seguro-desemprego em 2023, com um custo total de aproximadamente R$ 45 bilhões. 

Conforme a legislação atual, quando um trabalhador é demitido sem justa causa ele pode solicitar o seguro-desemprego, pago pelo governo federal.

O atual valor do benefício pode variar de um salário mínimo, hoje R$ 1.412, até R$ 2.313,74, dependendo do tempo de serviço e salário anterior.

Entre as regras para ter direito ao seguro-desemprego estão:

  • Ser dispensado sem justa causa e estiver empregado;
  • Ter recebido salários de pessoa jurídica ou física equiparada à jurídica (inscrita no CEI) relativos a: pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação; pelo menos nove meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações; não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família; não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

Vale ainda ressaltar que a proposta de reforma no seguro-desemprego gerou diversas reações entre sindicatos, empregadores e economistas e, segundo representantes de trabalhadores, o benefício é essencial para a manutenção da dignidade e subsistência durante os períodos de desemprego, enquanto para os empregadores, a reforma pode representar uma oportunidade de redução de custos indiretos associados às demissões.

Lembrando que as discussões sobre as mudanças no seguro-desemprego estão em andamento e devem passar por avaliação no Congresso Nacional e a aprovação de qualquer alteração irá depender de um consenso entre os diferentes protagonistas políticos e sociais.

 

Publicado por Lívia Macario - Jornalista