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Empresários devem se atentar ao Cartão MEI para não se endividarem

Empresários devem se atentar ao Cartão MEI para não se endividarem

02 de outubro de 2024

Opção deve ser usada como forma de alavancar o negócio e não para resolver problemas imediatos de caixa.

 

No dia 16 de setembro, o governo federal lançou uma ferramenta importante voltada ao microempreendedor individual (MEI) : o Cartão MEI. Apesar da novidade trazer grandes vantagens, é importante ficar atento em relação ao risco de endividamento, já que ele oferece diversas facilidades para parcelamento de compras.

O Banco do Brasil ainda não divulgou quais as taxas de juros que serão aplicadas, mas os MEIs devem ficar em alerta para não comprometer as finanças do seu negócio.

O Ministério do Empreendedorismo divulgou que outras instituições bancárias também já estão autorizadas a aderir à iniciativa, assim como o BB. Cada uma delas poderá aplicar suas próprias taxas, sem qualquer influência do governo.

Ao G1, especialistas recomendam que o empreendedor abra uma conta para cuidar exclusivamente das finanças do negócio, porque não separar os gastos pode fazer com que o MEI não enxergue se manter o negócio em funcionamento está sendo vantajoso.

O professor de Ciências Contábeis, Murillo Torelli orienta que é importante usar o Cartão MEI com responsabilidade.

"O crédito, se mal gerido, pode piorar a situação financeira tanto do CNPJ quanto do CPF dos empreendedores".

Ele ainda explica que “é essencial que os gastos no cartão sejam direcionados para investimentos que gerem retorno financeiro ao microempreendimento".

Outro ponto de atenção com relação a ferramenta é que, para ser registrado como MEI, o empreendedor não pode faturar mais que R$ 81 mil por ano, ou seja, aproximadamente R$ 6.700 mensais.

Diante dessa regra, é importante que, antes de parcelar no cartão de crédito, o MEI faça um cálculo e veja se as faturas estarão de acordo com suas possibilidades de pagamento”, explica o diretor legislativo da Federação das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), Diogo Chamun.

"Além do controle financeiro, tem a questão legal. Se eu faço compras num valor superior ao limite do faturamento, eu estou demonstrando para a Receita Federal que eu estou sonegando", observa Chamun. 

Com informações do G1 Empreendedorismo

 

Publicado por Lívia Macario - Jornalista